Ailton Krenak é o primeiro indígena a se tornar imortal da Academia Brasileira de Letras
 



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Ailton Krenak é o primeiro indígena a se tornar imortal da Academia Brasileira de Letras

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Em 19 de abril, é comemorado o Dia dos Povos Indígenas. Aproveitamos a data para lembrar a eleição de Ailton Krenak para a cadeira número 5 da Academia Brasileira de Letras. Na noite de 05 de abril, o ambientalista, escritor, poeta e filósofo tornou-se o primeiro indígena a ocupar uma cadeira no instituto literário. Em março de 2023, Ailton foi empossado na Academia Mineira de Letras (AML) na Cadeira 24, sendo também a primeira vez que um indígena ocupa uma posição como essa na academia mineira.

Veja a cerimônia de posse:


Uma das ideias de Ailton Krenak para contribuir com a ABL é a criação de uma plataforma parecida com a Biblioteca Ailton Krenak, disponibilizando o acesso de centenas de imagens, textos, filmes e documentos em diversas línguas nativas. Aproveitando que a Unesco declarou a década 2022-2032 como a Década Internacional das Línguas Indígenas, a ideia também é convidar o órgão para dar visibilidade à proposta.

Biografia

Ailton Alves Lacerda Krenak, do povo Krenak, nasceu em 1953 no município de Itabirinha (MG). Na juventude, Ailton foi morar com a família no Paraná, onde passou a exercer a profissão de jornalista e produtor gráfico. A partir da década de 1980, começa a atuar no movimento indígena. Em 1985, funda o Núcleo de Cultura Indígena, organização não-governamental dedicada a promover a cultura indígena. Em 1988, participa da fundação da União dos Povos Indígenas. No ano seguinte, participou da Aliança dos Povos da Floresta, movimento que visava a criação de reservas naturais na Amazônia.

Em momento histórico, Krenak passou tinta de jenipapo no rosto enquanto se pronunciava na tribuna do Congresso Nacional em favor dos povos indígenas. O gesto resultou na aprovação dos artigos 231 e 232 da Constituição Federal, os quais reconhecem os indígenas como cidadãos e aptos a solicitar amparo legal na defesa de seus direitos.

É professor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e pela Universidade de Brasília (UnB). No ano de 2020, conquista o Prêmio Juca Pato de Intelectual do Ano concedido pela União Brasileira dos Escritores (UBE), pelo livro "Ideias para adiar o fim do mundo".

Livros

Traduzida para mais de 13 países, a obra de Ailton Krenak se divide entre os seguintes ensaios e coletâneas de entrevistas:
- Tembetá
- Lugares de Origem
- Futuro Ancestral
- O amanhã não está à venda
- Ideias para adiar o fim do mundo
- A vida não é útil
- O sistema e o antissistema: três ensaios, três mundos no mesmo mundo

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